terça-feira, 13 de março de 2012

Batalha da Unidade Nacional


por Laurentino Gomes

Foi o mais trágico, e também o mais simbólico, de todos os confrontos da Guerra da Independência. Brasileiros e portugueses se bateram entre as nove horas da manhã e as duas da tarde de 13 de março de 1823 nas margens do Rio Jenipapo, no município de Campo Maior. O resultado foi uma carnificina: cerca de 200 piauienses e cearenses mortos e mais de 500 feitos prisioneiros. As perdas representaram um terço do improvisado exército brasileiro composto em sua maioria por vaqueiros, comerciantes, alguns vereadores, um juiz, além de velhos e adolescentes. Os portugueses, comandados pelo major João José da Cunha Fidié, tiveram apenas dezesseis baixas.


Para os portugueses, foi uma vitória com sabor de derrota. Fidié rapidamente chegou à conclusão de que seria inútil resistir à onda revolucionária iniciada mais de um ano antes no Rio de Janeiro com o Dia do Fico (9 de janeiro de 1822) e reforçada no Grito do Ipiranga, a 7 de setembro do mesmo ano. A tragédia do Jenipapo demonstrava a determinação dos brasileiros de lutar ao lado do imperador Pedro I pela independência, mesmo que de forma desorganizada e à custa da própria vida. Por isso, em vez de prosseguir até Oeiras, a então capital do Piaui a esta altura também em mãos dos revolucionários, Fidié decidiu cruzar o Rio Parnaíba e se refugiar na cidade maranhense de Caxias, ainda controlada pelos portugueses. Ali foi cercado, preso e deportado para o Rio de Janeiro. 


Fotos: Monumento(Teresina Panorâmica) - Casa do Tombador onde Fidié descansou com a tropa, após a  batalha (Foto de desconhecido, ilegível)
Ilustração e montagens: João de Deus Neto

10 comentários:

ZAN disse...

Em Brasília, deixei um amigo (na verdade mais conhecido do que amigo), que dizia que nunca conhecera um piauiense que não fosse meio maluco, mas que os piauienses de Campo Maior que ele conhecia (eu entre eles, claro...) eram um pouquinho mais loucos do que os outros. Lendo o relato da loucura dos campomaiorenses praticamente se entregando ao fogo do inimigo da forma como fizeram, dá pra imaginar que somos meio herdeiros desses cidadãos. Quando assisto por aí a pés de briga e discussões por pouco ou quase nada, entre campomaiorenses, eu entendo porque adoramos uma encrenca... naquela época a motivação era um amor à pátria que levava a se morrer em campos de batalha, hoje as pessoas aqui querem se matar e se matam por motivos quase fúteis, mas a "loucura" deve ser a mesma...

Dalva de Aquino disse...

Mas será o Fidié?
Vou repetir a merma coisa de 5 anos atrás aqui nesse blog que o Fidié não á de acabar

Olha pessoal esse tal de Fidié não existiu não. Cadê as prova? Mostrem as imagem de alguma câmera escondida num pé de carnaúba, foto dele atirando nos nosso compatriota? Este português é invenção do padre Mateus e da sua igreja manipuladora. Tô quase acreditando na conversa dos anônimo. É igualzinha a do sacristão que disse que viu quando a estátua do santo Antônio ia voltando de madrugada pra beira do rio Surubim e depois o seu Otacilio Eulálio dizer pra todo mundo que o santo tava lá na beiro do rio pedindo pra ser trazido pra igreja de novo.
Fala sério.

zanzando na rede disse...

Netto reproduziu um comentário feito por mim, se não me engano, por ocasião do 13 de março de 2009, ano em que voltei pra cá. De lá prá cá tenho mais do que motivos para me convencer de uma coisa: por mais que sejam absurdamente um pé no saco a entrega das comenda, confesso que morro de medo de um dia quererem me "aumenagear" com um troço daqueles, mas há quem ache que eu morro é de inveja de vontade que isso aconteça..., quer dizer tudo no mundo é controverso e polêmico, saio como saí ontem, depois de ter visto a encenação da batalha, com a alma meio que chamuscada de uma sensação de que vale a pena a gente sentir um pouco de orgulho pelo que aconteceu aqui em 1823...

zanzando na rede disse...

Dalva, eu não acredito Satanás exista,por uma questão filosófica, mesmo... Agora, Fidié, não sei onde tu tirou a idéia de que ele é invenção do padre Mateus...Tem até foto do cara tirada pelo fotrogo Agenor Azevedo, mulher...

zanzando na rede disse...

Dalva, eu não acredito que Satanás exista,por uma questão filosófica, mesmo... Agora, Fidié, não sei onde tu tirou a idéia de que ele é invenção do padre Mateus...Tem até foto do cara tirada pelo fotrogo Agenor Azevedo, mulher...

José Miranda Filho disse...

Não, Dalva de Aquino (terá relação familiar com São Tomás de Aquino, você que odeia os santos católicos?), você é quem precisa falar sério. Ou estará querendo demonstrar seus dotes humorísticos? Torne-se conhecida nacionalmente, procure a produção do Pânico na TV, que agora está na Band. Vá lá, vá lá!

Dalva de Aquino disse...

Seu moço como é que eu posso odiar uma coisa que não existe? Até os meninos e meninas de hoje ainda pequeno fazem é rir dessas histórias mentirosa de igreja de santo disso e daquilo outro. Parece até assombração em pleno ano2012 com internet e tudo mostrando podre pra todo canto. Do outro lado é os pastores numa zuada infernal pensando que Jesus é surdo. Me aparece cada um.

WASHINGTON ARAÚJO disse...

Li recentemente o livro "HERÓIS DA SOLIDÃO", de Antônio Ivo Cavalcante Prudêncio, que me foi presenteado pelos irmãos Tidé e Flávio Ibiapina.
O autor relata a epopeia da Batalha do Jenipapo e a perseguição às tropas de Fidié até o Morro das Tabocas (hoje, Morro do Alecrim, em homenagem a um dos heróis daquela campanha, o Tenente Alecrim), na cidade de Caxias.
O autor afirma, ainda, que foram os heróis do Jenipapo, juntamente com outras forças vindas do Ceará e de Oeiras, que libertaram o Maranhão. Quando Lorde Cochrane chegou a São Luís, toda a província, à exceção da capital e de Alcântaras, já estava liberta e aderira à causa da independência.
A historiografia oficial fez questão de esquecer os nossos heróis porque muitos deles, especialmente os comandantes cearenses, envolveram-se na Confederação do Equador, e foram presos e executados por ordem do imperador.
Na visão do autor, não interessava a Dom Pedro I valorizar as ações daqueles que logo a seguir se insurgiram contra o seu governo e proclamaram a república na Confederação do Equador.

José Miranda Filho disse...

Não estou querendo dar asas a debates bestas, dona moça, mas é preciso ser dito que o valor de homens e mulheres que a Igreja Católica beatificou e/ou canonizou não é como sendo portadores da força de intercessão junto a Jesus Cristo, ou tê-los com o dom de operar milagres (pois isto só o Cristo pode), porém observar (e até experimentar seguir) o exemplo de vida que eles e elas nos deram, e como conhecemos belíssimos exemplos! E isto, pelo menos isto, não se pode contestar, como também não é necessário relatar aqui, porque o espaço nem caberia. Quer que eu lhe dê um exemplo? Procure ver a vida do seu parente TOMÁS DE AQUINO.
Adeusinho.

Larissa disse...

DALVA DEIXA DE SER BURRA, EXISTEM PROVAS SIM QUE FIDIÉ EXISTIU E ESTEVE SIM NO PIAUÍ, ELE PRÓPRIO ESCREVEU UM LIVRO E NARRA SUA PASSAGEM PELO PIAUÍ NA BATALHA DE JENIPAPO. AFF

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