“Segura o bode Dr. Zé Miranda!”
por José Miranda Filho
Político e supervisor da rádio, Mamede Lima, e o repórter e locutor Chico de Paula
Servia na Rádio Clube com muita responsabilidade e orgulho. Mas, pelo que me lembro, não portava o cartão que a colega Francy portava, esse de Radialista. Estará tão fraquinha assim a minha massa encefálica?! Ainda era na Praça do Rosário, posteriormente num prédio do Ten. Jaime da Paz, 2º pavimento, na Av. José Paulino e, logo em seguida, no mesmo edifício, porém na Av. Demerval Lobão.
Tive como Supervisores Sales Oliveira, Mamede Lima, Edilson Polidoro, que me ascendeu, cumulativamente ao cargo de Redator, ao de Assessor do Supervisor, recebendo um pouquinho mais. Senti-me valorizado pelo Edilson, que havia sido meu professor de História Geral, no Ginásio Santo Antônio. Fiquei honrado, porque vi no seu ato algum mérito meu. Tive o prazer de trabalhar com os locutores Francy, Chico de Paula, Agostinho Lopes, com Maria José, com a cronista social Sílvia Melo, os apresentadores do noticiário esportivo Barrinha, Melinho e Luiz Cláudio (Icade). Porém, um lamentável lapso de memória me impede de lembrar a função da Maria José e o nome do único e competente operador de som, além de algum(ns) outro(s) companheiros, pelo que lhes peço perdão. A emissora passava pela conhecida "fase experimental", que já se alongava um pouco, resultando em que ficasse no ar apenas cerca de 3 anos.
Nesse dia fatídico citado pelo ZAN - um dos mais tristes da minha existência -, ao chegar à Rádio para mais uma tarde de trabalho (continuar a redação do noticiário daquela noite), me deparei com a agitação do seu fechamento, processado pela própria Polícia Federal! Foi uma desolação enorme; a cidade se privava da sua rádio (infeliz sina da terra-do-já-teve) e nós estávamos desempregados. Sim, João Antonio, não se escutaria mais a voz animada do Chico de Paula, no seu programa "Forró no Asfalto", enviando recados do tipo: SEGURA O BODE Dr. JOSÉ MIRANDA.
Fotos: Museu do Paulo - Francisca C. da Silva - BitorocaraBlog
2 comentários:
O jornalismo pode não ser uma profissão reconhecida por diploma, mas é um modo de vida, de fazer, sem precisar de receitas, apenas de argumento e fatos. Sempre é bom falar do Jornal A Luta, faço parte dessa história.
Abraço aos amigos Zé Miranda, Netto, Zan, Severo Visgueira.
Sp,
Exatamente, Horácio. Não há necessidade de diploma, para o exercício do jornalismo, do radialismo; um papel não passa de uma frescura! Fazemos parte, com orgulho, da história que você citou.
Abração.
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